sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ainda me surpreendo com o efeito que tem um cuidado sincero. É uma dessas coisas que me comovem e assustam. Um gesto inesperado de agradecimento. Um gesto de carinho. E eu descubro o valor de segurar na mão de alguém que está com medo. Ou de sorrir quando a pessoa fala das coisas que importam para ela. Ou de tocar com cuidado, à procura de saúde e de doença e depois explicar o que se achou. Quando eu paro para pensar, descubro que é tão simples. E ainda assim, às vezes é uma sensação boa tão difícil de sustentar...
E é uma sansação que mora nas pequenas coisas; na maneira como a pessoa segura sua mão quando você se despede, no modo como olha nos seus olhos, na tranquilidade de saber que você voltou, como disse que voltaria.
Eu gosto do hospital. É um lugar onde as coisas ganham dimensões diferentes e parecem ser mais reais. É um lugar bom para se descobrir o que realmente importa e para se aprender que pequenos gestos têm um enorme valor.

O anjinho aí em cima foi presente da esposa de um paciente, que me ensinou mais do que ela pode imaginar.

14 comentários:

Anselmo disse...

Não te enganes, minha querida. Não dê à reles instituição instituição hospitalar o mérito de alguma coisa que é exclusivamente tua. As leituras e discussões que realizamos juntos (e/ou separados) tem uma significativa participação no modo como tu interpretas o mundo. De mais a mais, deves ter um monte de colegas (e professores), mesmo que sejam uma minoria, que não passam de pessoas toscas e que não encaram a profissão da mesma maneira que tu. Deixas de ser parva, e pára de atribuir aos outros o que é mérito exclusivamente teu.

Beijos!

Anselmo disse...

Preciso de remédios para tratar minha distimia. Tu podes me mandar por Sedex?

Ana Paula disse...

Anselmo com sotaque (e vocabulário) português é sinal certo do fim do mundo...

Anselmo disse...

Ó rapariga, estás-me a gozar? Meu sotaque é maningue moçambicano, ora pois!

Ósculos e amplexos!

Anselmo disse...

HOJE A BLOGEIRA TÁ FICANDO MAIS VELHA! VELHA! VELHA! VELHA!

Se eu fosse ela, roubava uma ampola de botox antes da festa.

Maritza, vou te repetir o que eu disse para a Ana: toma muito cuidado com o que desejares ao soprar a velinha...

Anselmo disse...

Parabéns, amada! Muito sexo, rock 'n' roll e drogas sem prescrição (ainda que isso não seja um problema pra ti, hehehehehehe).

Te amo! Mais importante do que tu na minha vida, só a minha caixinha de Diazepan.

Carol disse...

Parabénssssss :D

Lelê disse...

Discordo do Anselmo não no que ele diz, mas no que ele acha q a Maritza não sabe.

Em todo o texto tem zilhões de "EU" e "MIM". Efeito de cuidado sincero "em mim" (Maritza), EU (Maritza) gosto do hospital pq lá descubro o q realmente importa, etc, etc.

As descobertas e as reações são DELA, particulares.

Não vi como atribuição externa ao que é pessoal.

Sei lá. ADOREI o texto. Mesmo.

E eu SEMPRE lembro dessa frase do House, talvez pq eu seja o exato oposto disso. Queria ser + Wilson às vezes.

Maritza disse...

hehehe, oi, Lelê, 'brigada.
E House é tudo, né, mas na vida real a gente tem mesmo é que aprender a ser Wilson.
Beeeijos!

Maritza disse...

Anselmo, amore de mi bida.
Poucas declarações de amor são tão intensas e comoventes quanto "Mais importante do que tu na minha vida, só a minha caixinha de Diazepan". Também te amo!

Maritza disse...

Anselmo: hahaha, a gente não existe, né? Somos frutos da imaginação de algum bêbado chapado da Cidade Baixa.

Maritza disse...

Quando a bebedeira dele passar, estaremos mortos.

Maritza disse...

Anamore: o prenúncio do apocalipse vai ser quando eu colocar botox.

Anselmo disse...

Dos paradoxos de se viver em Moçambique...

Meus alunos do Curso de Redação Criativa copiam textos pseudo-eróticos-de-gosto-duvidoso de sites brasileiros e me entregam para corrigir. Eu mereço!

Concordo contigo: somos o fruto da imaginação de algum chapado da Cidade Baixa. Quando ele me imaginou, devia de estar em uma rebordosa do caralho.