Tem amores que eu não entendo. Pode haver um amor que pede, mas não retribui; que exige, mas não apóia; que controla, mas não cuida? Tem amores que eu definitivamente nunca vou entender.
O engracado / estranho é que o amor é algo imensurável e incompreensível... Quando deveria ser um pouco mais lógico e prático... As pessoas seriam tão mais felizes... As pessoas falam de uma forma e pensam de outra... o 'coracão' tem uma 'mente' própria! Mas o mais engracado é que parece que quanto mais sofre, mais se enfeitica... É a 'cocaína' do 'coracão'... É o prazer momentâneo com a ressaca / dor posterior... Não seria mais fácil dar e receber? Apoiar e ser apoiado? Ô vida complicado este!!! (ainda não localizei o cedilha...)
A resposta para tua pergunta está posta com justificativa no livro que me deste, página 78 - e proporciona um "insight intelectual" tão compassivo quanto triste... Mas a resposta para entender não está lá. O entender desse tipo de coisa, como sabes, vem de uma transformação interna e profunda, que requer que não estejamos confortáveis demais nem machucados demais. A cicatriz é um convite para entender certas coisas, mas não é garantia, tu também sabes. Então a gente repete... E repete... E dói... E passa... E dói... E passa. Porém, não quer dizer que definitivamente nunca possamos entender. Agora dói, amanhã passa. Mas um dia entenderemos e, entendendo, passa e não volta... Mas esse "quando" a gente não sabe.
Enquanto essa encarnação não chega, a gente vai cuidando dos outros com todo o amor que já entendemos - enquanto esses outros cuidam de nós com todo o amor que já entendem. Deixa ir quem não cuida de ti e descansa agora, com a certeza de que logo o Anselmo virá cuidar de ti com toda a delicadeza que lhe é peculiar. Mérito daqueles que cultivam quem cuida de si - com "si" fazendo referência àqueles que estão dentro do "daqueles", não só dentro do segundo "quem".
O problema é que a verdade é que eu tô fazendo um puta esforço para não ficar deprimida. Deprimida mesmo, não é só modo de chamar tristeza. Existe diferença entre tristeza e depressão, mesmo que a linha seja tênue.
Tamires: que honra ser citado por ti! Fiquei a me perguntar se não havia havia uma pontinha de ironia na frase "com toda a delicadeza que lhe é peculiar", hehehehehe.
Maritza: se tu ousas chamar o que tu descreveu de "amor", achop que o problema está mais em ti do que na outra pessoa. Embora tua descrição funcione para qualificar 98% das minhas experiências erótico-afetivo-sexuais, eu jamais usaria "amor" para qualificar isso. E olha que eu não fiz isso nem na minha fase "papai-vampiro".
(Duvido que tu te lembres disso. Foi há uns 22 kilos atrás, quanto eu ainda nem tinha estrias na bunda!)
Beijos! E reveja teu vocabulário afetivo. As palavras tem poder. Eu aprendi isso nas aulas da Freda (ou lendo Paulo Coelho, agora fiquei na dúvida).
Claaaaaaro que eu me lembro de papai-vampiro. E, sim, eu chamo isso de amor, porque a pessoa em questão também chamava isso de amor. E se tu parar para olhar bem, muita gente chama isso de amor. Sim, talvez eu devesse escrever mais sobre o assunto. Sei lá.
Hehehe, não sei se "as palavras tem poder" tu aprendeu com a Freda ou com o Paulo Coelho, mas as palavras realizam ações no momento em que são pronunciadas, tu aprendeu com a Ana Zilles.
E além disso, eu tenho que admitir que da minha parte foi sim amor. E um amor muito grande. Eu me apaixonei de verdade por ele. Era uma coisa que fazia muito, muito tempo que eu não sentia desse jeito.
Também já achei que não tinha sido amor, mas acho que é de amor que ele chama essa coisa torta aí. As pessoas só podem fazer o que sabem, às vezes elas não conseguem fazer melhor. É deprimente e desconcertante, mas é real.
10 comentários:
Pior que a maior parte dos amores que conheci eram assim.
Também não entendo lhufas. (Que é outra palavra divertida.)
O engracado / estranho é que o amor é algo imensurável e incompreensível... Quando deveria ser um pouco mais lógico e prático... As pessoas seriam tão mais felizes...
As pessoas falam de uma forma e pensam de outra... o 'coracão' tem uma 'mente' própria! Mas o mais engracado é que parece que quanto mais sofre, mais se enfeitica... É a 'cocaína' do 'coracão'... É o prazer momentâneo com a ressaca / dor posterior...
Não seria mais fácil dar e receber? Apoiar e ser apoiado? Ô vida complicado este!!!
(ainda não localizei o cedilha...)
A resposta para tua pergunta está posta com justificativa no livro que me deste, página 78 - e proporciona um "insight intelectual" tão compassivo quanto triste... Mas a resposta para entender não está lá. O entender desse tipo de coisa, como sabes, vem de uma transformação interna e profunda, que requer que não estejamos confortáveis demais nem machucados demais. A cicatriz é um convite para entender certas coisas, mas não é garantia, tu também sabes. Então a gente repete... E repete... E dói... E passa... E dói... E passa. Porém, não quer dizer que definitivamente nunca possamos entender. Agora dói, amanhã passa. Mas um dia entenderemos e, entendendo, passa e não volta... Mas esse "quando" a gente não sabe.
Enquanto essa encarnação não chega, a gente vai cuidando dos outros com todo o amor que já entendemos - enquanto esses outros cuidam de nós com todo o amor que já entendem.
Deixa ir quem não cuida de ti e descansa agora, com a certeza de que logo o Anselmo virá cuidar de ti com toda a delicadeza que lhe é peculiar. Mérito daqueles que cultivam quem cuida de si - com "si" fazendo referência àqueles que estão dentro do "daqueles", não só dentro do segundo "quem".
O livro é "O cavaleiro preso na armadura", de Robert Fisher. Vale a pena ler.
O problema é que a verdade é que eu tô fazendo um puta esforço para não ficar deprimida. Deprimida mesmo, não é só modo de chamar tristeza. Existe diferença entre tristeza e depressão, mesmo que a linha seja tênue.
Tamires: que honra ser citado por ti! Fiquei a me perguntar se não havia havia uma pontinha de ironia na frase "com toda a delicadeza que lhe é peculiar", hehehehehe.
Maritza: se tu ousas chamar o que tu descreveu de "amor", achop que o problema está mais em ti do que na outra pessoa. Embora tua descrição funcione para qualificar 98% das minhas experiências erótico-afetivo-sexuais, eu jamais usaria "amor" para qualificar isso. E olha que eu não fiz isso nem na minha fase "papai-vampiro".
(Duvido que tu te lembres disso. Foi há uns 22 kilos atrás, quanto eu ainda nem tinha estrias na bunda!)
Beijos! E reveja teu vocabulário afetivo. As palavras tem poder. Eu aprendi isso nas aulas da Freda (ou lendo Paulo Coelho, agora fiquei na dúvida).
Claaaaaaro que eu me lembro de papai-vampiro.
E, sim, eu chamo isso de amor, porque a pessoa em questão também chamava isso de amor. E se tu parar para olhar bem, muita gente chama isso de amor.
Sim, talvez eu devesse escrever mais sobre o assunto. Sei lá.
Hehehe, não sei se "as palavras tem poder" tu aprendeu com a Freda ou com o Paulo Coelho, mas as palavras realizam ações no momento em que são pronunciadas, tu aprendeu com a Ana Zilles.
E além disso, eu tenho que admitir que da minha parte foi sim amor. E um amor muito grande. Eu me apaixonei de verdade por ele. Era uma coisa que fazia muito, muito tempo que eu não sentia desse jeito.
E me dói horrivelmente que as coisas tenham sido como foram. E me dói horrivelmente que não seja possível, porque simplesmente não é.
Também já achei que não tinha sido amor, mas acho que é de amor que ele chama essa coisa torta aí. As pessoas só podem fazer o que sabem, às vezes elas não conseguem fazer melhor. É deprimente e desconcertante, mas é real.
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