terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
E voltamos com nossa programação normal.
Com vídeos esparsos, imagens variadas, reflexões profundas ou ridículas, textos originais - ou não, choraminguinhos e citações pseudocult.
Sei que ninguém perguntou, mas para mim é isso.
Essa polêmica já tá para lá de chata e talvez tenha sido exagerada. Não, parece que não houve estupro, mas aparentemente configurou-se uma situação de abuso. Sim, existem problemas infinitamente mais graves no mundo, mas quando uma situação de abuso é veiculada em rede nacional, acho melhor que cause o escândalo que causou do que passe indiferente. Não assisto BBB e tudo o que e vi foi um trecho de um vídeo postado no Facebook por um colega. Minha impressão: a moça ali parece não estar curtindo o que está acotecendo e parece estar meio alta mesmo. Se a pessoa de fato estava alcoolizada e não sabia direito o que estava acontecendo, sim, isso é uma situação de abuso e, sim, deve ser punida como tal, mesmo que ela tenha flertado com ele mais cedo. Flerte não é autorização para ser bolinada quando você já estiver mais para lá do que para cá, assim como saia curta não é convite para estupro. Me abisma que essas discussões sequer se configurem, mas a humanidade é assim.
A polêmica se arrasta, dá um ibope enorme para merda da Globo e provavelmente não vai chegar em lugar nenhum, mas e nós o que aprendemos, amiguinhos, com o episódio de hoje? Aprendemos que o BBB é um lixo de programa e que deveria ser suspenso? Nããããããão, isso a gente já sabia. O que aprendemos é que, quando você estiver com vontade de se esfregar em alguém, só faça isso se a pessoa estiver de plena posse das suas faculdades mentais e consensualmente engajada na esfregação (chantagear, ameaçar ou espancar desconfigura consensualidade e caracteriza violência, portanto, evite). E não, isso não é porque as mulheres são coitadinhas (não o são) ou os homens são tarados (tampouco), nem porque o rapaz do episódio era negro, nem coisa nenhuma. Isso é simplesmente uma questão de liberdade e respeito em relação ao próprio corpo e ao corpo do outro. Tanto faz quem seja o esfregador e quem seja o esfregado, serve para qualquer gênero, cor de pele, orientação sexual, classe social, origem étnica, crença religiosa ou sabor do gloss de frutas. A criatura está bêbada? Está incerta do que está se passando? Não se esfregue nela. Seja uma amiga, seu namorado, o cachorro ou um quiabo, não se meta em uma situação duvidosa e de péssimo gosto, porque ela é, sim, abusiva.
Vamos, portanto, nos esfregar uns nos outros todos por vontade própria e plenamente conscientes, e sejamos homens, mulheres, transgêneros, cachorros e quiabos* muito mais felizes!
O que eu acho do BBB e dessa merda toda? Que muito mais do que expulsar o sujeito lá, o programa inteiro deveria ser suspenso, implodido e nunca mais acontecer, porque é , e sempre foi, um lixo. Desculpaí se você curte, eu tenho direito à minha opinião e não adianta me cobrir com o edredon.
Namastê para você também, beijo e tudo de bom. May the force be with you.
*A ordem acima não configura de forma alguma uma hierarquia. Caso configurasse, começaríamos, evidentemente, pelo quiabo.
Da série Diálogos
- Bá, "Os Reis do Mambo", esse tu desenterrou das profundezas!
- Pior! Mas como é que tu te lembra desse filme? Isso era o quê? 1994?
Jamais contarei para essa pessoa que tenho 33 anos.
- Pior! Mas como é que tu te lembra desse filme? Isso era o quê? 1994?
Jamais contarei para essa pessoa que tenho 33 anos.
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