terça-feira, 24 de junho de 2008

Tanta coisa que eu gostaria de ser capaz de fazer e não consigo...

Para os outros, no entanto, parece tão fácil!

Às vezes, me sinto como se eu fosse a única pessoa no mundo que sente medo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hoje fui à missa. Uma missa para alguém que já não está.
E voltei para esse sentimento bom de religiosidade que me toma facilmente quando eu entro numa igreja.
Não, não sou católica, mas as paredes impregnadas de fé sempre despertam essa parte de mim, essa parte de que eu gosto tanto.
E entrei na igreja com esse sentimento bom de que tudo é uma mesma coisa, de que tudo é uma coisa só.

Não gostei das primeiras palavras, falavam de maldições, falavam de punição, como para me lembrar porque essa religião não é a minha. Mas para me lembrar também de que somos todos humanos, e falhos, inventando o que não somos capazes de entender.
As palavras seguintes foram de amor. Essas, para me saudar - acolhida à forasteira, sopa e calor para poder seguir viagem - e eu deixei que elas me levassem gentilmente pelo caminho da minha devoção. E não acompanhei as palavras que não sabia, mas cantei com as pessoas e rezei com as pessoas e trouxe a minha fé para sentar ao lado delas.

Me afastei no momento da comunhão e fui rezar diante da estátua no altar lateral. Era Nossa Senhora? Era Santa Tereza? Sempre preferi rezar diante das santas, como se diante de outra mulher eu fosse mais capaz de aceitar o incompreensível. E de repente, diante dela, entendi tudo isso que criamos para poder suportar a morte, esse flutuar no escuro vazio e solitário que é saber-se mortal. Mas alguns, às vezes, alguns são capazes de dar as mãos. Flutuando no espaço, no desamparo que é viver, às vezes esbarramos uns nos outros e deixamos que nossos dedos se entrelacem, e trocamos doçura e calor.

E há os abraços ainda, os abraços, esses refúgios que vivem ao nosso lado, que moram nos braços de cada um, mas tão distantes, meu deus!, tão distantes de nós. Um quilômetro ou uma respiração: a distância de um abraço tem o tamanho do nosso medo, somado ao medo do outro.
Fica longe, eu sei.

E no entanto, há tanto amor...

As religiões servem para que possamos dar as mãos mais vezes?
Mas é um silêncio sem melancolia. É um silêncio tão bom.
E aquele espaço suave e vasto dentro de mim. Como o espaço que fica entre braços que sabem que ainda têm tanto para abraçar...
Hoje a noite é minha, para simplesmente estar aqui. Para parar e escrever. Porque sim.
Sim, claro que eu tenho um milhão e meio de coisas para fazer, todas as provas e trabalhos do final do semestre, as luzinhas dos prazos todas piscando na minha cabeça, mas não agora. Não hoje.
Hoje é o silêncio e a xícara de chá.
No lugar da lareira, tenho um aquecedor elétrico, e poderia estar chovendo, mas o clima às vezes não coopera com as licenças poéticas.
É simples. E é bom.
Tanta, tanta saudade de ti.
Desculpe, por todas as incompetências que eu ainda não fui capaz de superar.
A verdade é que eu nunca vou deixar de ser quem eu sou; e nunca vou me tornar o que eu não sou.
E só eu sei o que sou ou não.
E só eu sei o que quero.
Isso não é um pedido, nem uma cobrança, isso é só uma explicação.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Da série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"What do we exist for?
For love? For money? For sex? For self-understanding? For enlightment? For fame?
Well, we exist, full stop! It's self-explanatory... Otherwise, existing wouldn't be such an intransitive experience, it would be followed by objects and complements adding a meaning to it... it is not so!
We exist regardless of what is out there to be pursued, wanted, feared, imposed upon us. You exist and I exist, unattached, unrelated... Lonely as it is, existing will never have you breathing like I do nor feeling what I feel.
Standing outside is what it's meant to be (ex = outside; sistere = to stand). Outside the boundaries of conventional rules, outside the boundaries of everyone else's dreams, out of the ordinary. Existence set us apart so we could come together creatively."

Mas quem escreveu foi ele.



"Sister, you've been on my mind.
Sister, we're two of a kind.
Sooooo, sister, I'm keeping may eyes on youuuuu."

terça-feira, 10 de junho de 2008

Da série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"Uma vez vi um programa no Animal Planet sobre um homem que morava num santuário de animais selvagens e cuidava do elefante. Só do elefante. Levantava, lavava o elefante, dava comida pro elefante, passeava com o elefante, conversava com o elefante, nadava com o elefante, passeava mais com o elefante, filosofava com o elefante, todo dia. Ele morava dentro da reserva numa cabana. Nas horas vagas, fazia punhais e polia a moto. Nas raras vezes em que saía de perto do elefante, pegava a moto e andava sozinho pela estrada, parava nalgum topo de morro, sentava e ficava olhando.

Eu nunca na minha vida quis com tanta força ser outra pessoa."

Mas quem escreveu foi ela.
Será que o segredo é aceitar todas as imperfeições até que elas nem pareçam mais imperfeições e sejam apenas aquilo que é?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cansaaaaaaada e doeeeeente de nooooovo!

Não quero mais brincar de terceiro semestre, me passem logo para o quarto.
Como assim não é assim que funciona?!?!

sábado, 7 de junho de 2008

Ser feliz é um negócio meio brega, mas, ao fim e ao cabo, é o que todo mundo quer.