quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
A Menina que Roubava Livros
Há uma parte do livro em que a menina lhe dá um abraço, e o homem retribui escrevendo para ela um livrinho ilustrado de treze páginas.
Só se você entender muito de abraços e livros vai saber porque chorei.
Só se você entender muito de abraços e livros vai saber porque chorei.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Lembrando de honrar o invisível
O que faz andar o barco
não é só a vela enfunada,
mas o vento que não se vê.
Platão
não é só a vela enfunada,
mas o vento que não se vê.
Platão
Dona Amália tocava piano e fazia o melhor bolo de fubá do mundo. Ouvi dizer que pintava, mas que deixou quando ficou viúva. Não tiveram filhos, não porque não o quisessem; dizem que dona Amália era estéril – nada mais triste do que uma metáfora que não dá frutos. Dizem que a família do seu Rodolfo aconselhava-o a largar dela. Parece que numa festa de Natal, os ânimos meio altos, seu Rodolfo deu um soco num primo que fez tal insinuação, e nunca mais se falou no assunto. Seu Rodolfo morreu ao lado dela. Um dia simplesmente não acordou. Infarto agudo do miocárdio. Dizem que foi preciso três pessoas para separar uma dona Amália histérica do corpo; parece que teve até convulsão, a coitadinha. Dizem que ela nunca mais foi a mesma. “Morreu de amor” - diz dona Jurandira. Mas dona Jurandira é uma romântica, todo mundo sabe que foi insuficiência renal.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Não é putaria, é poesia!
Delírio
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
.........
Bilac. Sim, Bilac. Mostrando que "beijar" também é uma forma de arte.
Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...
.........
Bilac. Sim, Bilac. Mostrando que "beijar" também é uma forma de arte.
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