sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ok, reclamar not. Já parei.

A aventura da mediocridade

Podia ser o título da minha biografia.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Onze e meia da noite, véspera da prova de cárdio, e eu e amiga índigo estamos procurando o e-mail do Thaler para escrever dizendo que a gente ama ele, porque ele nos faz rir enquanto estudamos ECG! Sério, acho que tomei café demais.
Justiça seja feita: professor de cárdio queria fazer a cirurgia logo no início, mas depois voltou atrás e resolveu esperar. Aí ontem a residente nova conseguiu arrancar um parecer decente lá da onco, porque ela era amiga de uma das residentes de lá. O pequeno detalhe é que esse parecer tinha que ter vindo há duas semanas, mas nem o precioso professor, nem as adoráveis residentes anteriores se prestaram a ir atrás disso.

Sim, a pergunta que não quer calar na minha cabeça (e provavelmente na de vocês também) é “Então por que tu não foi atrás disso? Por que tu não fez alguma coisa?”. Pois é. A verdade é que há duas semanas atrás eu vi o número do celular da oncolesma no sistema do hospital e pensei em ligar e perguntar sobre o paciente, pedir as informações que eu sabia que eram necessárias, por que não o fiz? Por uma razão simples e patética: fiquei com vergonha! Fiquei com vergonha, porque pensei que afinal de contas eu não sou ninguém, sou só uma acadêmica arrogante e idiota do quinto semestre achando que sabe alguma coisa. E fiquei constrangida de ligar. E desisti.

Hoje me arrependi muuuuito de ter feito isso. Não, não era a diferença entre a vida e a morte, nem nada desse tipo. O caso é realmente complicado e todas as decisões são difíceis, independente do que eu faça ou não, mas não posso deixar de fazer as coisas por ter vergonha de não ser ninguém. Conseguir as informações não era responsabilidade minha e nenhuma decisão no caso será tomada por mim – nem sequer vão perguntar minha opinião, não tem porquê, eu sou só mais uma aluna ignorante – mas me incomoda saber que deixei de tomar essa atitude, que deixei de contribuir com algo que poderia ter sido positivo por puro acanhamento.

É o tipo de coisa que não posso deixar acontecer.

: (

Que me sirva de lição.

terça-feira, 5 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ah, se alguém tá preocupado com o paciente com câncer de esôfago (o chefe da equipe não tá, porque ficou sabendo hoje POR MIM que o paciente precisou de um procedimento de urgência na quinta à noite), ele está bem, mas a essa altura até eu tive que concordar que ele está precisando da cirurgia cardíaca mesmo. Mas isso só depois de 10 dias de antibiótico sem melhora do quadro (ao contrário, ele piorou clinicamente) e daquela resposta pateticamente insuficiente que a onco mandou. Sério, onco, tô decepcionada! Onco fail!

Melhor sensação do dia

\o/ Abri a porta para a entrada na Unidade de Cuidados Coronarianos com meu próprio crachá! \o/

domingo, 3 de maio de 2009

São os meus hormônios? Os meus neurotransmissores? É a minha mente? A minha alma? As minhas escolhas?
Qual, diabos, é o meu problema afinal?!?!

Você sabe que a humanidade está perdida quando galinhas conseguem definir sua existência.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Da série Diálogos

- Nossa! Como tu tá bem!
- Tô à beira de um ataque de nervos.
- Ah, mas a histeria te dá um charme especial!

domingo, 26 de abril de 2009

Lasciate ogni speranza voi ch'entrate.

Deviam construir um portal na entrada da faculdade de medicina com esses dizeres.

sábado, 25 de abril de 2009

Tem gente que acha que homens e mulheres não podem ser amigos, que sempre acaba rolando um clima, que as pessoas confundem as coisas. Bobagem. Não vejo motivo que impeça uma amizade entre sexos opostos. Só porque você de vez em quando tem vontade de cobrir o cara de chantilly e lambê-lo dos pés à cabeça, isso não significa que vocês não possam ser apenas bons amigos.

(E não, eu não tô sendo irônica, eu realmente acho isso. Sério.)

Sim, é uma filosofia de vida

De tempos em tempos eu me pergunto: Se eu morrer mês que vem, o que eu estou fazendo agora vale a pena?
Se a resposta é não, eu sei que alguma coisa precisa muito mudar. E começo a investir nisso.

Da Série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"Tava pensando aqui. Sobre as nossas possibilidades de diversão nesse mundo. Sexo, óbvio. Comida, bebida. Livro, filme, música. Pra alguns, esporte. Drogas. E bater papo. Tem mais alguma coisa? É basicamente isso, né? Meia dúzia de coisas. Que mundo de merda!"

Mas quem escreveu foi ele.

Senso de humor

Tem, mas acabou.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sério, tá ruim demais.
E eu não consigo saber se eu tô muito frustrada ou se meu limiar de frustração é que é muito baixo.
E a pergunta sempre é "quais são as minhas prioridades?".
Tô precisando muito ouvir o conselho de pessoas sábias nesse momento.

...

...mas de pessoas alucinadas também tá valendo.

(não, não é sobre o paciente com câncer de esôfago, esse aí é óbvio.)
\o/ uma salva de palmas para o pior dia do ano! ÊÊÊÊÊÊÊ! \o/

\o/ e outra salva de palmas, essa especial para o meu professor de cárdio, que quer fazer uma cirurgia cardíaca* num paciente com câncer de esôfago avançado, com prognóstico de uma ano de vida! \o/


*Sim, cirurgia cardíaca, uma daquelas que serra o esterno do cara e cutuca o coração, sabe? O cara tem uma endocardite, o que até teria indicação cirúrgica, mas nessas circunstâncias?!?!?!?!?!?!?!?!?!