sábado, 9 de junho de 2007

A chave da biblioteca quebrou. E eu fiquei do lado de fora.

Marx realmente propalou aquela estranha idéia de uma espécie de Drag Queen mental que seria operária durante o dia e intelectual(ou artista?) à noite? Meu Marx é todo apud, de modo que não faço a menor idéia.

Passo os dias assistindo à aula e lendo livros mal traduzidos e mal revisados de histo, fisio e outras logias. Para escrever, preciso ler em concentrações muitíssimo maiores, e de outro tipo de livro.

Com freqüencia, tenho ido ao dicionário buscar a grafia de palavras bastante corriqueiras. Temo pela minha alfabetização. A medicina emburrece o ser humano. Um ser humano bem específico, na verdade: eu.

Pessoas na faculdade de medicina choram quando tiram notas baixas.
Antes que você pergunte: não, eu nunca chorei por causa de notas. Eu às vezes fico irritada com a minha própria estupidez, mas nunca gastei lágrimas com isso.

Trocar a letras pela medicina é mais ou menos como trocar de planeta. Você só consegue respirar com equipamente adequado.

Pelo menos eu vim com um tricorder embutido.

Algumas das coisas mais geniais que eu já li foram escritas por direitistas.

Às vezes tenho sonhos eróticos em que sou possuída por um direitista. Acordo horrorizada.

Mediocridade com padrões um pouco mais altos de inteligência continua sendo mediocridade.

Vou ter coragem de estender a mão quando for realmente necessário?

Numa noite de lua cheia, se você entrar de pés descalços na biblioteca do seu avô e escolher o livro certo, encontrará asas dentro dele.

4 comentários:

Ana Paula disse...

Se tu realmente, encontrar este livro e bater asas, na passada tu me joga um bilhete com o nome do autor? Não precisa descer, é só jogar pela minha janela.

Ana Paula disse...

Ignore a primeira virgula, ok?

Anônimo disse...

passei pra te deixar um beijãããooo e dizer que chego no dia 12. :)

André Gonçalves disse...

voce ta otima. e eu sem acento.