domingo, 30 de março de 2008

Esse é um dos textos que eu gostaria de ter escrito, porque diz tudo, absolutamente tudo o que eu gostaria de dizer.

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinícius de Moraes

quinta-feira, 27 de março de 2008

You give me fever



(tá, ok, isso não foi engraçado. E a minha mãe tá neurotizando. E ela não devia alimentar a minha hipocondria dessa forma... ah, foi um pouquinho engraçado, vai...)
Tôcansadatôtristetôcommedotômanhosatôcarentetôdoentetôcomsaudademasnãoconsigo
demonstrartôbrabaporqueolivrodegenéticaémaisinteressantedoqueaminhacompanhia
tôcomsaudadenãotôbrabanãotôcomsaudadenãotôbrabanãotôcomsaudade
tôcomdordecabeçatôrealmentecansadaerealmentecommedonaverdadeeunãoestoucom
medonaverdadeeusoucommedoetômesentindoumbocadoperdidaeconfusaevaziae
assustadaenãofaçoidéiadecomolidarcomtudoissoeacabeidevomitareminhamãetá
commedoquesejadengueeeuacheiengraçadomasagorajánãoachomaisporqueeutôme
sentindomeiomalmesmo.
Vou tentar dormir para ver se melhora.

quarta-feira, 26 de março de 2008

I finally get it

Platão tem razão. Platão é o cara. Vou deixar para discutir Aristóteles com outras pessoas. Platão, portanto.
Go, Platão, go!

Roubando dinheiro para drogas

Peguei 20 pila na bolsa da minha mãe para comprar Naldecon.

[Mode manhosa on]

Eu tô doeeeeeente! Eu quero cooooooooolo! Não quero ficar respondendo questionário sobre Ascaris lumbricoides!

Humpf!

segunda-feira, 24 de março de 2008

My life is soooooooo exciting

Mycoplasmas são bactérias sem parede celular.

domingo, 16 de março de 2008

Post só para quem tem paciência

Pensei que melhoraria. Nas férias, jurei para mim mesma que seria diferente. Eu podia até ter minhas rabugices, meus acessos de mau humor, mas longe de lá tudo parecia fluir tão bem. Tudo parecia tão mais fácil: respirar, dormir, ser, estar com as pessoas, viver com carinho. E então eu volto para lá e é como se eu tivesse sido jogada de volta dentro de uma armadura, de um espartilho, sei lá. É como se eu tivesse que vestir um personagem dois números menor do que o meu!

Onde vão parar aquela harmonia, aquela fluidez? Eu nem sequer consigo me comunicar direito! As palavras me escapam, faltam pedaços às frase, e eu não consigo deixar claro o que eu quero dizer! Outro dia brinquei com uma pessoa querendo dizer que ela era tão bonita que se ela tirasse a roupa os velhinhos morreriam infartados, mas, provavelmente, ela acabou pensando que eu estava dizendo o oposto! O problema é que isso só me ocorreu várias horas depois, porque parece uma interpretação tão absurda, meu deus!, pensar que eu dizia o contrário! Era uma piadinha elogiosa, não uma maldade!

Algumas horas depois, nesse mesmo maldito dia, fiz uma brincadeira desdenhando gente interesseira (que na medicina tem às pencas), e uma amiga achou que eu estava falando dela! A menina ficou realmente magoada, com os olhos visivelmente marejados, e a brincadeira não tinha nada a ver com ela! Deus, eu queria bater com a minha cabeça na parede! Por que eu faço essas merdas?!?! O que eu faço de errado?! Por que acabo sendo interpretada desse jeito?!

Perco a vontade de falar, fico sem vontade de estar lá. Não sei interagir naquele ambiente. Não consigo me expressar e ao mesmo tempo não consigo me proteger dele. Aquele lugar me faz mal... E eu pensei que seria mais fácil! Pensei que seria mais fácil, porque consegui aprender algumas coisas, mas não a fez a menor diferença. Não mudou um milímetro o que é estar lá.

Sabe aquelas lamparinas antigas, com a chama fechada num bulbo de vidro, cuja luz a gente aumenta ou diminui girando uma rodinha? Me sinto apagando. Qual é o sentido de gritar no vácuo?
Como eu faço para mudar isso? O que eu faço para que aquele ambiente não me faça tão mal?

Porque eu acabo me fechando demais, e a vida perde a graça, e eu me tomo de uma frieza e uma distância que não são eu.
E, no entanto, nada disso ajuda. Não faz diferença nenhuma, porque continuo tão sensível como sempre, talvez mais. Todo um sistema de defesa burro e quase inútil. O que eu faço com isso?

Sim, é uma pergunta retórica, é só um desabafo. "Só falta agora ela perguntar qual o sentido da vida!" - você vai pensar. É só que me agonia esse cotidiano estranho, vivendo num lugar no qual eu não consigo me adaptar. Aquele ambiente me empurra do meu centro, e eu tenho medo de perder as coisas que consegui recuperar, e tenho medo de perder o contato com essa parte de mim que consegue viver mais solta, mais fluida, quase livre. Por que é tão difícil serenar?

Achei que seria mais fácil, mas, aparentemente, estava enganada.
...
Qual o sentido da vida?

Roubado lá do Zoo, obrigada, JG.

sábado, 15 de março de 2008

1ª aula de alemão

O paraíso.
Gente normal. Gente. Normal. Pessoas, efetivamente.
Quando a moça disse: "a nossa biblioteca tem material principalmente nas áreas de arte, filosofia e literatura", eu tive que me segurar para não chorar. Sério. Literalmente.

sábado, 8 de março de 2008

Eficiência germânica

Ligaram do Goethe hoje de manhã para avisar que abriu uma turma nova no mesmo horário e com o mesmo desconto... olha só, seu Cônsul, veja bem , era uma brincadeira, entende? Eu não tava realmente falando sério, assim, de verdade. Eu nem li Fausto, né, para o senhor ver, né. Eu sou até bastante tímida, sabe? Sério, eu sou uma moça de família, seu Cônsul... olha só... O senhor não quer realmente que eu... não, o senhor não quer... né? Seu Cônsul...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Garoto enxaqueca ces't moi

Scheisse!

Não acredito! Acabaram-se as vagas para a única turma de alemão na qual eu podia entrar! Era o único horário compatível em turma com o desconto para universitário, e ela lotou no primeiro dia! Que diabos eu vou fazer agora?! O curso normal custa o dobro e eu ainda tenho a tralha da faculdade para providenciar, ou seja, vou ter que vender o terceiro rim para conseguir fazer tudo! (Ou posso optar por uma carreira paralela, que bom que eu moro perto da Farrapos!). Sim, porque, sem condições! Absolutamente sem condições! Como é que eu vou fazer?! Acho que vou me oferecer para prestar favores sexuais ao cônsul da Alemanha. Ó, seu cônsul, eu não sou grande coisa, mas consigo ter conversas inteligentes nos intervalos enquanto o senhor se recupera. Eu também posso ler trechos do Fausto com uma voz lasciva, ou fazer uma performance fetichista do Anel dos Nibelungos, hein, que tal? Se o senhor me ensinar como se pronuncia, eu digo até Ich liebe dich!

: /

Humpf! Vou te contar...

O segredo da vida eterna

terça-feira, 4 de março de 2008

Ventou muito ontem?

segunda-feira, 3 de março de 2008

Pára um momento agora e abre a janela.
A brisa que bate de leve no teu rosto é um beijo meu.

Das coisas que aprendi

Nebulosas são berçários de estrelas.

: D