sexta-feira, 3 de outubro de 2008

(Ainda não sei como escrever isso.)

Mas queria te dar um abraço de doçura que você não interpretasse "mal".

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Outubro

vai ser um bom mês.
(e por baixo de tudo isso, uma puta saudade)...
E dizer "eu cresci durante a guerra fria" tem todo um impacto, não tem não?

80's

Às vezes fico tão impressionada com a bizarrice dos anos 80 que mal consigo acreditar que vim de lá.

Update: pensando bem... pensar que eu vim de lá explica um bocado de coisas!

Coisas que eu gosto em mim (nem acredito que tô escrevendo isso).

Minha capacidade de aprender com as coisas.

Da Série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"Morro de saudades do Pedro. Nunca esqueci o Pedro. Sempre que eu me sinto só, eu penso no Pedro". Vamos traduzir, o Pedro é o nome do ex-namorado, o último (ou pelo menos o mais marcante) que fez o cidadão ou a cidadã em questão feliz, em casa, contente. Aí, sempre que a casa ameaça ruir, a criatura pensa que é o Pedro que está fazendo falta. Ela pensa que ninguém é igual ao Pedro, que nobody does it better, que o Pedro é que é o cara. Esquece que se terminou, algo havia de errado. Que o Pedro, a pessoa, não era bem o parceiro dos sonhos. Mas que o Pedro, o sentimento, ah este é imbatível, representa a última vez que você se sentiu protegido, querido, desejado, maior do que o mundo, do que as coisas fúteis e os dias longos e as noites frias.

Então chega um momento em que você já não sabe mais fazer a distinção entre Pedro, a pessoa e o sentimento. E quando você sente aquele abandono brutal no domingo à tarde, acha que está morrendo de saudade do Pedro, mas na verdade queria mesmo era repetir a sensação que tinha quando vocês se abraçavam e era como se um anjo safado abrisse suas asas para te acolher do mundo que não consegue te entender e do qual você já desistiu. E você uma vez, pelo menos, fez sentindo do encontro com alguém, achou que valia a pena, que existe isso que alardeiam nos filmes, livros e canções, que felicidade não é uma palavra proibida no seu dicionário.

Mas quem escreveu foi ele.

Nah.

Hoje foi um dia tão bom que eu não quero explicar nada.
(E isso que teve prova de farmaco).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

E o post cadê?

Puf, sumiu!

Que belíssima merda.

Sem mais no momento, grata pela atenção, despeço-me.

Atenciosamente.

domingo, 28 de setembro de 2008

Not good

Gradativamente entrando em depressão medicínica.

Vi a luz

Hoje de manhã cedo, o pessoal da igreja evangélica que fica aqui perto de casa colocou a altos brados "segura na mão de deus e vai" (top na hit parade religiosa de todo o Brasil).
E eu entendi.
Isso é um sinal divino, gente, isso é Deus me dizendo para deixar de resistir... e comprar logo uma espingarda.

***
(e è vero, pessoal, a versão do padre Marcelo foi Hit por seculum seculorum, o horror.)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Esse post deveria ser censurado

Às vezes me pergunto se eu realmente gostaria de ter um namorado, ou se só o que eu quero é sexo e um colo para chorar.

sábado, 20 de setembro de 2008

NERD ALERT!!! ou "Oi, eu sou um canal de sódio dependente de voltagem, posso ser seu amigo?"

Sábado de noite, e eu, até essa hora!, estudando alegremente as diferenças de potencial da membrana celular.
Somebody shoot me, NOW.

(Se eu não tivesse que dar essa aula na quarta, me jogava pela janela.
Aí você vai pensar "ah, mas então você tem que dar uma aula sobre isso!", yes, my friend, mas atente para o alegremente ali em cima. O alegremente é toda a chave da questão!)

Porque você precisa de um homem inteligente.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Classificados

Troco avó, casal de tios e duas primas por abajur velho. Pago a diferença.
Tratar aqui.

domingo, 14 de setembro de 2008

Da série Constatações estranhas

A grande maioria das pessoas gosta de companhia "gratuita". Você não precisa fazer nada, só estar ali. Você pode falar ou não, a maioria das pessoas vai gostar mais da sua presença do que da sua ausência.
Never ever had thought about that before, juro. Eu sei, sou uma tosca burra.
Prazer, Maritza.

Da série Diálogos

- Vocês já começaram a estudar para a prova de farmaco?
- Eu tô fazendo essa disciplina?
Aaaaah! Mandem esse buraco negro logo de uma vez! É essa espera que me dá angústia!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Você tem medo de morrer?

Eu tenho.
Achei que conseguiria escrever alguma coisa sobre isso, mas not yet.
Back to having fun pretendig to be immortal.
* * *

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

"...quando tu te manifesta, chove, faz sol, venta, dá para ouvir a Terra sorrindo."

domingo, 7 de setembro de 2008

sábado, 6 de setembro de 2008

Aliás

Pessoas que têm paciência comigo, eu amo vocês.
Não me importo de viver num mundo de céticos e cínicos, desde que eles tenham senso de humor e sejam pacientes comigo.

From A Softer World

O post abaixo poderia se chamar "Esta sou eu parte 1".

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A amizade é a mais importante forma de amor.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

domingo, 31 de agosto de 2008

Not a rethorical question

Is making someone laugh the same as making love to his/her soul?


('cause if it is, I'm a spitirual slut!)

Uma bússola não seria melhor?

A única razão para se ter um terapeuta é que se pode ter a vantagem de se perder junto a alguém com experiência de perder-se muitas vezes.

Jorge Stolkiner

sábado, 30 de agosto de 2008

"You forgot to kiss my soul."

Pictures of walls

Tirinhasblog, por uns tempos

E post secret e figurinhas e talvez brincadeirinhas.
Só deus sabe quando voltaremos à nossa programação normal.

Stay tuned.
(Or don't)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Oooooon...

Coloque a vírgula

Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.

Update:
Se você é mulher, tende a
"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua procura."

Se você é homem, tende a
"Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua procura."

Gramaticalmente, ambas estão corretas.
Semanticamente, só a primeira. ; D

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

domingo, 24 de agosto de 2008

entrei na sala
onde você trabalha
estava vazia sentei
na sua mesa
vi o sol se pôr
do seu ponto
de vista

- Fabrício Corsaletti -

(Porque esse foi um dos poemas de amor mais lindos que eu já li)

Update
Em tempo: a dica do autor foi lá da Cris. É só googlear o cara por aí. Gostei muito.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Acho que vou ficar uns dias sem vir aqui, porque agora encabulei.
Tô cansada de tentar ser do jeito que eu acho que as pessoas querem que eu seja. Desculpe se não sou do jeito que você gostaria, desculpe se não faço o que você gostaria que eu fizesse. Talvez o que eu realmente sou não seja o suficiente para você, mas a verdade é que faço uma quantidade enorme de merda tentando cumprir um papel que eu nem sei bem qual é.
Cansei.
Tudo o que eu consegui tentando “cumprir tarefas” foi um enorme sentimento de solidão, e essa sensação de “viscosidade” que me impede de sentir o amor das pessoas que realmente me amam.
É verdade, eu sou bastante pequena, apesar de todo o meu tamanho. E isso é a coisa que eu mais tenho aprendido agora; minha pequenice. Minha não-nadice de ser coisa nenhuma.
Desculpe se lhe decepciono. Não sou grande coisa, não sou tudo isso.
Sou só milhopã velho com fanta uva quente e um bocado de perplexidades. Mas talvez assim eu tenha uma chance. Talvez – finalmente – a partir daqui, eu consiga ser algo da qual eu mesma seja capaz de gostar.
* * *
Tem dias que eu sinto falta de coisas que eu nunca tive.

E não sei se nunca tive porque não existe, ou se nunca tive por falta de coragem minha. Ou ainda se nunca tive por achar que não mereço.

Quer ouvir um segredo? Faz pouco, muito pouco tempo que eu descobri que mereço ser bem tratada. E mesmo assim ainda não me acostumei bem com a idéia.
Talvez isso pareça triste para você; para mim, parece uma grata surpresa.

domingo, 10 de agosto de 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Se eu rezar por você, você reza por mim?

Vou tentar dormir agora.
Grandes extensões de silêncio ajudam.
Rir com as pessoas também.
Como fazemos para que ser humano seja suficiente? Como suportar a própria dor da mortalidade, a angústia da arbitrariedade absurda da doença e da morte, e ainda assim conseguir chegar até o outro e permanecer lá o tempo que for necessário?

Às vezes me assusta tanto que tenho dificuldade de tocar as pessoas.
E não é que tenha me surgido algo novo, não é que eu tenha percebido algo que não soubesse a meu próprio respeito, é simplesmente que isso se tornou de uma intensidade tão grande, que eu perco a noção de como é interagir com os outros.
E, por favor, não me diga coisas do tipo "e tu ainda por cima quer fazer oncologia?!?!"

Quem vai morrer hoje?

Tem sido difícil, várias coisas têm mexido muito comigo, e eu não tenho conseguido escrever nem fora do blog. Às vezes tudo perde um pouco o sentido. Às vezes me dá uma sensação de fragilidade tão aguda e absurda que eu acho que vou começar a chorar, mas chorar, por alguma razão, também não tem sido possível. Às vezes penso que se eu prestar bem atenção na grande delicadeza das coisas, vai ficar mais fácil, mas ainda não consegui.
Difícil lidar com o óbvio da enorme fragilidade de tudo.
Ficou difícil até de abraçar as pessoas.
É como se alguma coisa dentro de mim tivesse se desorganizado, e eu agora preciso reorganizar tudo de alguma outra maneira, porque do modo anterior se tornou impossível.

Não é fácil ficar perto da morte. Existe outro jeito de aprender a viver de verdade?

Desculpa aí, pessoal, foi mal.

Juro que tô tentando parar de reclamar, sério mesmo. Porque eu sei que não tem o menor cabimento. Sim, tô com uma bursite que tá me doendo um pouco, e a fasceíte plantar voltou a incomodar, mas não tem o menor cabimento reclamar de coisa nenhuma.

Há dois dias fomos conversar com uma paciente da minha idade. Ela tem esclerose múltipla. De janeiro para cá, perdeu a capacidade de caminhar. O professor teve que segurá-la para que ela pudesse se levantar e dar uns passos. Eu já disse que ela tem a minha idade? Já perdeu a sensibilidade nos pés. O diagnóstico ainda não está estabelecido, mas tudo indica que seja esclerose múltipla mesmo. Segundo vimos na ressonância, ela está com várias lesões no encéfalo e uma maior na cervical. Não consegue nem ficar em pé sozinha e tem uma série de alterações de força, movimento e sensibilidade tanto em membros superiores quanto em inferiores. Contei que ela tem a minha idade, né... na verdade ela não tem exatamente a minha idade, na verdade é dois anos mais velha. Fez aniversário domingo passado.

O que eu faço com isso?

sábado, 2 de agosto de 2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Isso é que é eficiência!

Recém o primeiro dia e já deu para ficar triste.

domingo, 27 de julho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Hiii, Chriiiis!

Michael Caine é o melhor Alfred. Heath Ledger é o melhor Coringa (sim, melhor do que Jack Nicholson. Aliás, eu não sei quem é que vai conseguir fazer o Coringa de novo depois dele. Agora entendi todas as viúvas do Heath Ledger, desculpa aí, pessoal, foi mal). Gotham está maravilhosamente soturna como a dos quadrinhos, o roteiro é muito, muito bom (não me lembro direito da HQ, faz tempo que eu li, mas acho que fez jus a ela) e Batman é o mesmo cara atormentado, inacessível e cheio de cicatrizes que eu adorava nos quadrinhos. E Christian Bale... bom... é Christian Bale!

(Cara, o Alfred tem as melhores falas do filme... como sempre.)

"The Lamborghini then... much more subtle."

"Some men just want to watch the world burn..."

domingo, 20 de julho de 2008

Meeeeeme

Vou tentar então Ione.

Tá, então é para fazer uma lista de 8 sonhos que eu gostaria de realizar antes de morrer... hummmm, não sou nada boa com esse negócio de fazer listas, ou não consigo pensar em nada, ou penso coisas demais, sem falar que só tenho sonho besta, do tipo “casar e ser feliz”, mas vamos lá...

1) Viajar, viajar muuuuuito, por váááários lugares.

2) Ter uma casa bem grande, com um pátio enorme, para poder ter árvores e cachorros (sim, no plural).

3) Conhecer um cara legal, ter um relacionamento feliz e viver a maior parte da vida com ele (eu sei, eu sei, é romântico e piegas e brega, mas eu queeeero!).

4) Ler muuuuuuito.

5) Aprender a tocar um instrumento musical (e tocar direitinho).

6) Pular de pára-quedas (aprender a mergulhar também faria parte dessa lista, mas eu fiz o curso no verão passado \o/).

7) Escrever e publicar vários livros (mas que fossem bons).

8) Censurado, porque o horário não permite, pode haver criança na sala, menores de idade talvez leiam esse blog, etc, mas digamos que envolve o cara legal ali do desejo 3.

Eu teria que passar a tarefa para mais 8 pessoas, explicar as regras e tal, mas e a preguiça? Façam e me contem, tá? É divertido pensar sobre essas coisas!

Ter um amiguuuu/ na vida é tão bom ter amiguuu/ a gente precisa de amigu du peito/ amigu de fé/ amigus irmão igual a eu e você/ aaaamiguuuuuuuuu...

Hoje é Dia do Amigo...

Acho que eu deveria escrever um daqueles posts sentimentais, porque afinal, né, "Oi, meu nome é Maritza e eu faço posts sentimentais", mas vou deixar passar dessa vez.

"Schrödinger, a gente te odeia!"

Da Série Coisas que eu gostaria de ter escrito

A idéia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O inicio é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.
A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem a sua beleza.

Mas quem escreveu foi o publicitário que criou a propaganda da Natura.

(roubado lá do Zoo, que já nem existe mais)

Do óbvio

Somos os verdadeiros responsáveis pela nossa própria solidão.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Drops onírico

Essa noite pesadeliei que tinha que (voltar a) dar aula de português. Quase acordei gritando.

An impostor?! No way! Sure he was the real thing!

* * *
Se morrer fosse fácil, a gente não levava a vida toda para conseguir.

Da difícil arte de estender a mão.

Como se aprende?
O que fez meus olhos brilharem?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

...

Não, eu não consigo escrever sobre isso.

...

Hoje participei pela primeira vez de um round da oncologia.

...

Será que eu consigo escrever sobre isso?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

Pessoas queridas,

vou até ali viver e já volto.
Fiquem bem.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

Una mujer es la história de sus actos y pensamientos, de sus células y neuronas, de sus heridas y entusiasmos, de sus amores y desamores. Una mujer es inevitablemente la historia de su vientre, de las semillas que en él fecundaron, o no lo hicieron, o dejaron de hacerlo, y de el momento aquél, el único en que se es diosa. Una mujer es la historia de lo pequeño, lo trivial, lo cotidiano, la suma de lo callado. Una mujer es siempre la historia de muchos hombres. Una mujer es la historia de su pueblo y de su raza. Y es la historia de sus raíces y de su origen, de cada mujer que fue alimentada por la anterior para que ella naciera: una mujer es la historia de su sangre.

Pero también es la historia de una conciencia y de sus luchas interiores. También una mujer es la historia de su utopía.

Marcela Serrano

Dispensa palavras (adorei as mãos deles nessa foto!)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tanta coisa que eu gostaria de ser capaz de fazer e não consigo...

Para os outros, no entanto, parece tão fácil!

Às vezes, me sinto como se eu fosse a única pessoa no mundo que sente medo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hoje fui à missa. Uma missa para alguém que já não está.
E voltei para esse sentimento bom de religiosidade que me toma facilmente quando eu entro numa igreja.
Não, não sou católica, mas as paredes impregnadas de fé sempre despertam essa parte de mim, essa parte de que eu gosto tanto.
E entrei na igreja com esse sentimento bom de que tudo é uma mesma coisa, de que tudo é uma coisa só.

Não gostei das primeiras palavras, falavam de maldições, falavam de punição, como para me lembrar porque essa religião não é a minha. Mas para me lembrar também de que somos todos humanos, e falhos, inventando o que não somos capazes de entender.
As palavras seguintes foram de amor. Essas, para me saudar - acolhida à forasteira, sopa e calor para poder seguir viagem - e eu deixei que elas me levassem gentilmente pelo caminho da minha devoção. E não acompanhei as palavras que não sabia, mas cantei com as pessoas e rezei com as pessoas e trouxe a minha fé para sentar ao lado delas.

Me afastei no momento da comunhão e fui rezar diante da estátua no altar lateral. Era Nossa Senhora? Era Santa Tereza? Sempre preferi rezar diante das santas, como se diante de outra mulher eu fosse mais capaz de aceitar o incompreensível. E de repente, diante dela, entendi tudo isso que criamos para poder suportar a morte, esse flutuar no escuro vazio e solitário que é saber-se mortal. Mas alguns, às vezes, alguns são capazes de dar as mãos. Flutuando no espaço, no desamparo que é viver, às vezes esbarramos uns nos outros e deixamos que nossos dedos se entrelacem, e trocamos doçura e calor.

E há os abraços ainda, os abraços, esses refúgios que vivem ao nosso lado, que moram nos braços de cada um, mas tão distantes, meu deus!, tão distantes de nós. Um quilômetro ou uma respiração: a distância de um abraço tem o tamanho do nosso medo, somado ao medo do outro.
Fica longe, eu sei.

E no entanto, há tanto amor...

As religiões servem para que possamos dar as mãos mais vezes?
Mas é um silêncio sem melancolia. É um silêncio tão bom.
E aquele espaço suave e vasto dentro de mim. Como o espaço que fica entre braços que sabem que ainda têm tanto para abraçar...
Hoje a noite é minha, para simplesmente estar aqui. Para parar e escrever. Porque sim.
Sim, claro que eu tenho um milhão e meio de coisas para fazer, todas as provas e trabalhos do final do semestre, as luzinhas dos prazos todas piscando na minha cabeça, mas não agora. Não hoje.
Hoje é o silêncio e a xícara de chá.
No lugar da lareira, tenho um aquecedor elétrico, e poderia estar chovendo, mas o clima às vezes não coopera com as licenças poéticas.
É simples. E é bom.
Tanta, tanta saudade de ti.
Desculpe, por todas as incompetências que eu ainda não fui capaz de superar.
A verdade é que eu nunca vou deixar de ser quem eu sou; e nunca vou me tornar o que eu não sou.
E só eu sei o que sou ou não.
E só eu sei o que quero.
Isso não é um pedido, nem uma cobrança, isso é só uma explicação.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Da série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"What do we exist for?
For love? For money? For sex? For self-understanding? For enlightment? For fame?
Well, we exist, full stop! It's self-explanatory... Otherwise, existing wouldn't be such an intransitive experience, it would be followed by objects and complements adding a meaning to it... it is not so!
We exist regardless of what is out there to be pursued, wanted, feared, imposed upon us. You exist and I exist, unattached, unrelated... Lonely as it is, existing will never have you breathing like I do nor feeling what I feel.
Standing outside is what it's meant to be (ex = outside; sistere = to stand). Outside the boundaries of conventional rules, outside the boundaries of everyone else's dreams, out of the ordinary. Existence set us apart so we could come together creatively."

Mas quem escreveu foi ele.



"Sister, you've been on my mind.
Sister, we're two of a kind.
Sooooo, sister, I'm keeping may eyes on youuuuu."

terça-feira, 10 de junho de 2008

Da série Coisas que eu gostaria de ter escrito

"Uma vez vi um programa no Animal Planet sobre um homem que morava num santuário de animais selvagens e cuidava do elefante. Só do elefante. Levantava, lavava o elefante, dava comida pro elefante, passeava com o elefante, conversava com o elefante, nadava com o elefante, passeava mais com o elefante, filosofava com o elefante, todo dia. Ele morava dentro da reserva numa cabana. Nas horas vagas, fazia punhais e polia a moto. Nas raras vezes em que saía de perto do elefante, pegava a moto e andava sozinho pela estrada, parava nalgum topo de morro, sentava e ficava olhando.

Eu nunca na minha vida quis com tanta força ser outra pessoa."

Mas quem escreveu foi ela.
Será que o segredo é aceitar todas as imperfeições até que elas nem pareçam mais imperfeições e sejam apenas aquilo que é?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cansaaaaaaada e doeeeeente de nooooovo!

Não quero mais brincar de terceiro semestre, me passem logo para o quarto.
Como assim não é assim que funciona?!?!

sábado, 7 de junho de 2008

Ser feliz é um negócio meio brega, mas, ao fim e ao cabo, é o que todo mundo quer.